A coragem de assumir sua própria marca pessoal não é para qualquer um. Hoje, é muito mais fácil ficar perambulando pela rede, paralisado, reclamando de como as coisas estão sendo feitas, do que se tornar o protagonista da sua própria jornada. Acredite, realmente não é fácil.
O caminho escolhido pela maioria dos profissionais que desejam se destacar é melhorar sua imagem pessoal com o intuito de “se vender” mais caro. Eles adotam roupas e discursos que, muitas vezes, são antagônicos à sua própria essência. Essa incongruência cobra um preço alto.
A autenticidade e a coragem de assumir a nossa verdade não vêm de estratégias. Elas ajudam, são ferramentas e caminhos para realizar algo que você já decidiu. E ferramentas existem aos montes, basta pesquisar a que melhor se adequa a você e partir para a ação.
Antes disso, porém, você vai precisar conhecer e aprender a lidar com três grandes desafios que podem assombrá-lo diariamente:
1. Seu Lugar de Origem
Você se sente escutado na sua origem? Tem seu lugar claro e hierarquicamente organizado? Você tem voz em sua própria casa?
O primeiro lugar que nos completa, que nos torna inteiros, é o nosso lugar de origem. Quem não se sente pertencente em casa, dificilmente se sentirá parte de qualquer outro grupo e terá dificuldade em se completar. Você é o primeiro filho? O segundo? O caçula? É marido, esposa, pai, mãe? Seu lugar é reconhecido? Você se sente bem nele?
Sentir-se e comportar-se de acordo com o seu lugar é crucial para o equilíbrio sistêmico e para o seu posicionamento na vida. Um filho caçula que toma o lugar do mais velho ou que se sente superior ao próprio pai não consegue ocupar seu espaço de fato. E quem não tem voz na origem, não sustenta a voz em nenhum outro lugar. Quando falo de voz, refiro-me àquela presença e respeito que muitas vezes nem precisam ser ouvidos, mas são sentidos.
E para isso, terapia e autoconhecimento são fundamentais! Rs.
2. Medo das Críticas
Abalar-se com as críticas, não saber filtrá-las, permitir que seu emocional e atitudes sejam conduzidos pelo sentimento de rejeição causado pelos julgamentos, é algo muito comum. Isso paralisa e destrói a carreira de muitos profissionais.
Blindar-se contra isso não é simples, mas o ponto crucial é entender por que você dá tanta importância à opinião dos outros. Por que você dá tanto poder a essas opiniões e permite que elas mexam tanto com você? É importante notar que, na maioria das vezes, essas falas vêm de pessoas que não são seu público-alvo, ou de familiares que transferem seus medos para você.
Pais, mães, familiares e amigos próximos muitas vezes são os grandes vilões. Damos ouvidos a eles, mas, na grande maioria das vezes, eles não são referência no que desejamos e, provavelmente, têm medo de que nossas escolhas nos frustrem ou até mesmo de que nosso movimento os force a sair da zona de conforto.
Sabe quando você está perto de alguém que realiza muito? Ou você cola e vai junto, ou se afasta para não se sentir frustrado por não conseguir acompanhar. E, ao se afastar, permanece na zona de conforto.
3. Presença
Sabe aquela sensação única de observar um pôr do sol? É um momento de paz, beleza e plenitude. Mas quantos dias você passou por um pôr do sol sem se dar conta ou sem se preocupar em apreciá-lo? Talvez estivesse ali, mas a distração do iPhone, da conversa ou da cerveja gelada tomou sua atenção. Você estava longe, mesmo estando fisicamente presente.
Esse exemplo serve para sua caminhada diária. Quantas vezes você realmente sente o chão sob seus pés? No entanto, quando há algum problema, como um dedo machucado, você valoriza cada passo e sente o desejo de voltar a pisar com firmeza.
Esses pequenos exemplos são mais comuns do que imaginamos.
A ansiedade é falta de presença; a pessoa fica conectada ao futuro e não se ancora no presente. Sofrimento e vitimismo são sobre o passado, que também nos afastam do presente. Apenas no presente você chega “chegando”, sem precisar gritar, e todos percebem sua presença. Você usufrui de si, do momento e das pessoas, de verdade. Você sente as sensações, vê as cores, percebe os cheiros, texturas, tudo.
As decisões tomadas no presente não são dominadas por emoções, mas guiadas pela sua essência. É do centro do seu eu vazio que você age no mundo, tornando suas ações inteiras, coerentes e autênticas. E isso é percebido e emanado ao seu redor.
Manter a presença e o centramento com tantas distrações não é fácil, especialmente com as redes sociais, comparações, imagens e pensamentos.
Hoje, no universo do seu eu profissional, seu eu pessoal é o que te leva ao sucesso. Essas duas coisas, separadas, têm uma data de validade vencida. O poder da autenticidade está diretamente ligado à sua essência e à forma como você a leva ao mundo, gerando valor em ser quem você é.
Um profissional de referência, valorizado e desejado, ocupa seu espaço, e sua sustentação está diretamente ligada ao seu lugar de origem, à capacidade de lidar com críticas e à sua presença.
Seja você um autônomo, empreendedor, empresário ou colaborador, o que importa é que seu nome vale e esse valor depende de você.
Luz: não basta ser bom; você tem que mostrar que é bom!